Nas ondas do rádio!

No aguardo das definições para a migração ao FM

Emissoras pelotenses que enviaram solicitação ao governo federal ainda esperam parecer

Jô Folha -

Emissoras de rádio de Pelotas que transmitem em ondas médias ainda aguardam a liberação pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação (MCTic) para começarem a operar em Frequência Modulada (FM). O último prazo para envio da solicitação de migração ao MCTic venceu em julho de 2018 e ainda não houve retorno, com a confirmação das faixas que serão utilizadas. No município, a Rádio Pelotense optou por não realizar a migração.

“Visamos à cobertura”, afirma Paulo Luiz Gos, diretor-geral da rádio. Segundo ele, o alcance obtido pela veículo de comunicação, que atualmente abrange 80 municípios, não seria atingido com a migração para FM, por isso, a mudança não seria benéfica. A expectativa é que com a conclusão do sistema digital para a TV, a atenção seja voltada às rádios, com o estudo de sistema estereofônico para os sistemas de ondas médias. Segundo ele, o sistema DRM (Digital Radio Mondiale) seria uma alternativa, pois permitiria que a emissora continuasse transmitindo em ondas médias, com o mesmo equipamento, mas de forma digital. “Vamos aguardar a evolução desses estudos aqui no Brasil, onde não existem, sequer, receptores no mercado que viabilizem a implantação desse sistema”, afirma.

O diretor da rádio Tupanci, Jorge Malhão, vê com otimismo a mudança para a nova frequência, e afirma que a emissora foi uma das primeiras a enviar a documentação. Um dos requisitos para migrar é que os equipamentos sejam adequados ao novo padrão, fator ainda pendente em algumas rádios. Malhão explica que, no caso da Tupanci, as mudanças são consideradas simples, como a compra de equipamentos pontuais, com um investimento considerado médio, que estaria dentro dos padrões financeiros. Para ele, o ganho na qualidade de som e no alcance, além da possibilidade de menos interferências na transmissão, são pontos que devem promover uma melhora na qualidade da programação.

Esta também é a opinião de Leandro Rodrigues, diretor-geral da rádio Cultura, que também aguarda um parecer sobre a mudança. O contato e a interação com o público por meios digitais, como na realização de transmissões ao vivo dos estúdios durante os programas, são apontados por ele como fundamentais à manutenção e à ampliação da audiência. Com isso, a migração para o FM agregaria, ainda mais, pois criaria a possibilidade de o ouvinte sintonizar na emissora também por dispositivos móveis, como smartphones e tablets, que contam com a opção de rádio. Rodrigues aponta a localização, no 12º andar de um prédio central, como fator positivo e estratégico à migração para a nova frequência e a instalação da nova antena, necessária para a transmissão no FM. Este fator, aliado à possibilidade de ampliação dos quilowatts da emissora, resultaria em maior abrangência. “Poderíamos nos tornar a rádio com maior alcance na Região Sul do Estado”, destaca.

A Rádio Universidade também aderiu à migração. O diretor da emissora, padre Marcus Bicalho, informou que também aguarda uma resposta do Ministério.

Processo ainda em andamento
Conforme a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), após o envio da solicitação e da documentação das emissoras ao MCTic, o Ministério repassará os formulários à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que analisará a viabilidade técnica da operação na região.

Ainda neste ano, a Anatel promoveu uma consulta publica acerca de reavaliação da regulamentação técnica de serviços de radiodifusão, com um dos aspectos sendo a ampliação das faixas de rádio, que atualmente são de 88 MHz a 108 MHz, para 76 MHz a 108 MHz, aproveitando a frequência liberada pelo desligamento dos canais 5 e 6 destinados à televisão analógica, processo com conclusão prevista para 2023. Essas novas faixas poderiam ser utilizada pelas emissoras de rádio que já solicitaram a migração do AM para o FM. A medida beneficiaria regiões que não dispõem de espaço para novas emissoras na Frequência Modulada (FM).

Em maio deste ano, durante o lançamento do Serad Digital, da Secretaria de Radiodifusão (Serad) do MCTic, que tem os objetivos de informatizar e acelerar a análise de processos na secretaria, foram anunciadas ações previstas do Ministério, como a regulamentação das faixas estendidas de frequência Modulada (FM) e a reabertura do prazo para solicitação das emissoras de ondas médias migrarem para o FM.

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